style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Não raro, para não dizer sempre, costumamos encarar os desafios da vida como problemas. Com alguns, convivemos diariamente, que já nem nos causam surpresa. São o que chamamos de pequenas dificuldades da vida. Outros, porém, aqueles que nos chegam sem a gente esperar, nos abalam profundamente, muitas vezes nos fazendo perder o rumo, tais como grandes perdas financeiras, perda inesperada de um ente querido, a descoberta de uma doença em nós ou em alguém que a gente ama e tantos outros de uma lista enorme. E nesses momentos de extrema dificuldade emocional, em que o chão se abre à nossa frente e que o mundo cai sobre as nossas cabeças, surge, muitas vezes, aquelas perguntas: "o que eu fiz para merecer isso?", "por que logo comigo?", que colocam em dúvida não somente a confiança em Deus, como, inclusive, a própria existência dele. Não é assim que muitas vezes acontece? Mas, como evitá-las? Temos esse poder? Pois as respostas para essas duas perguntas são dois sonoros "não". Mas, tem uma ação que podemos fazer para minimizar a dor que é tentar entender as razões pelas quais esses convidados indesejados batem à nossa porta e, sem cerimônia, entram nas nossas casas e nas nossas vidas. E essa ação é buscar explicações sem culpar Deus pela chegada desses convidados que não convidamos.
É importante entendermos que os grandes sofrimentos e as doenças fazem parte da lista das provas e das vicissitudes inerentes da vida no planeta em que habitamos, pois são próprias da nossa ainda muito grande imperfeição moral. Nos mundos mais evoluídos (não creio que você acredita que estamos sozinhos nesse Universo infinito), física e moralmente, seus habitantes possuem seus organismos corpóreos menos grosseiros, não estando sujeitos, portanto, ao mesmo conjunto de doenças e sofrimentos característicos aos habitantes da nossa Terra. Devido ao acúmulo das nossas imperfeições morais, que são propriedades do espírito, como vaidade, orgulho, inveja, personalismo, intolerância, vingança e o próprio ódio, podem fazer com essas energias negativas represadas deságuem no corpo físico se manifestando em algum órgão na forma de doença grave, pois que as enfermidades são resultados da sobrecarga de imperfeições que desequilibram as funções orgânicas do corpo físico. E isso muito se dá pelo fato de que a grande maioria das pessoas ainda não têm se conscientizado do verdadeiro sentido da vida. Equivocadamente buscam, muitas vezes, abaixo de sacrifícios, no prazer físico e material a satisfação dos seus anseios. E quando a dor nos seus mais variados aspectos aparece, e por desconhecerem o seu significado, não conseguem entender a sua linguagem de que algo está em desarmonia e que, nesse momento, é necessário voltar-se para dentro de si próprio para buscar as razões para a sua existência, pois que, fruto da nossa inteligência, somos perfeitamente capazes, sem o ranço da ideologia religiosa, de entender que aquilo que mais nos incomoda pode ser o primeiro passo para nos levar na busca de outras descobertas que atenuem o sofrimento e nos leve a descobrir o que estamos fazendo de certo e errado neste mundo de desigualdades e atribulações.
Por isso, não seja uma daquelas pessoas que na busca exacerbada do prazer hoje, cria sérios problemas para lamentar amanhã. Lembre-se que nada nesta vida acontece por acaso ou fora dos planos divinos. Exatamente por isso, não reclame. Aceite esses desafios, pois que é, também através deles, que você estará recebendo a chance de seguir em frente na sua caminhada e ser capaz de evoluir espiritualmente. Nada tem caráter punitivo, pois que Deus não coloca nada no nosso caminho que não seja educativo. Ninguém sofre sem motivo. Por isso, não culpe ninguém pelas suas dores sejam elas físicas ou morais. Colhemos o que plantamos e, exatamente por isso e tão somente por isso, que as dores e sofrimentos são heranças de nós mesmos dentro de uma lei universal que atinge a todos e que ninguém consegue revogar nem por decreto, liminar ou mesmo por medida provisória. A lei de causa e efeito.